Ouçam, o Rei chegou

Ele traz o fogo e consigo a força

Traz o axé em sua louça

E a justiça anunciou

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No céu riscou o trovão

Na terra viu-se o clarão

Os homens de pé ficaram

E muitos até choraram

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Era um tempo de mudança

Para os novos, velhos e criança

Assim que todos perceberam

Que o tempo era de bonança

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A luz se fez presente

E até o mais descrente

Rogou, pediu e clamou

Que pudesse ser tocado

Ter seu caminho guiado

Para todo sempre lembrado

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Que a vida é uma esperança

Onde se leva a lembrança

Onde se trilha um caminho

Sem nunca estar sozinho

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Ouçam, o Rei chegou

Ele traz consigo seus filhos

Suas esposas, seus amores

Faz tremer a terra

E afasta os temores

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De um dia compreender

Que na vida a sofrer

Só nos faz engrandecer

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Xangô é luta, sem força bruta

Escreve em seu livro

A história do mundo

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Sua pena é de ouro

Seu maior tesouro

Obanixé, Kaô

Aos seus pés nos colocamos

Pedindo agô!

Salve o Rei das pedreiras

És o nosso Pai Xangô!

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Pela mediunidade de: Ulisses Medeiros Junior - 10/11/2015